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Publicado em 15/04/2025, às 09h35 Prefeitura busca parcerias e experiências de gestão de saúde bem-sucedidas em outros estados para o novo hospital em Natal. - Prefeitura do Natal Dani Oliveira
O Hospital Municipal de Natal, que está em construção, tem previsão de inauguração para o final de agosto ou início de setembro de 2025. A gestão municipal já estuda alternativas para contratação de pessoal, diante do déficit atual de profissionais da saúde. Entre as possibilidades avaliadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão uma seleção emergencial e um concurso público.
“Para a gente poder fazer talvez uma emergencial, junto com um concurso público, uma seleção correndo em paralelo. Mas, o hospital, quando inaugurar, sim, vai ser necessário, de fato, um redimensionamento. Alguns serviços ele pode incorporar, para trazer mais economicidade, trazer mais eficiência”, completou.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, porém, a Prefeitura não pode realizar novas contratações no momento. “Todo aquele cadastro foi chamado, 100% mantido. Então, a gente não pode fazer, no momento, nenhuma contratação desse tipo de profissional de saúde”, explicou.
Ele acrescenta que há diálogo com o Ministério Público para buscar uma solução. “A gente, permanentemente, tem debate, tem diálogo, tem negociação junto com o Ministério Público, para encontrarmos a melhor forma de fazer essa contratação. Não só para o hospital novo, mas também para a nossa rede, que está com déficit”, afirmou.
A primeira etapa do hospital está com aproximadamente 85% de execução. Ela contará com 90 leitos de enfermaria, 10 leitos de UTI, centro de diagnóstico por imagem, centro de esterilização, lavanderia e farmácia. “Além de entregar serviços adicionais à população, vai trazer economia para a nossa rede”, explicou o secretário.
Uma das possibilidades para a gestão da nova unidade é a adoção de uma parceria público-privada (PPP). “Pegamos exemplos exitosos e com eficiência, principalmente no Sul e Sudeste. A gente pode fazer uma PPP ali de gestão plena ou coparticipativa, com metas, com indicadores. Tudo isso está sendo estudado, e a gestão vai escolher a melhor opção, tanto para o hospital, como também para o serviço que vai ser prestado ao natalense”, informou.
O prefeito Paulinho Freire (União Brasil) tem buscado experiências em outros estados. “Ele conheceu outro serviço de saúde que tem a participação da iniciativa privada, da sociedade civil, das entidades filantrópicas, ajudando na gestão. Me deu essa missão também, de procurar projetos e exemplos que estão dando certo pelo país”, declarou o secretário.
Geraldo Pinho também comentou sobre o déficit de profissionais, especialmente técnicos, farmacêuticos, bioquímicos e dentistas. “Tirando o profissional médico, todas as outras categorias de técnico, farmacêutico, bioquímico, odontológico, tudo, a gente está naquele contrato da Covid. De cinco anos atrás, praticamente”, disse.
Ele destacou ainda um projeto piloto de biometria para pacientes na rede pública de saúde. “Isso já estamos implantando ali no projeto piloto na UPA Pajuçara. Estamos agora dando o segundo passo, levando esse projeto para dentro da UPA da Cidade da Esperança”, completou.