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MPRN combate esquema de golpes com cartões clonados em Natal

A fraude utilizava dados de cartões clonados para compras simuladas, causando prejuízos a bancos e clientes na região  |  Material apreendido, incluindo cartões e eletrônicos, será analisado pelo Gaeco, enquanto investigações buscam identificar mais envolvidos. - Foto: MPRN.

Publicado em 15/04/2025, às 07h41   Material apreendido, incluindo cartões e eletrônicos, será analisado pelo Gaeco, enquanto investigações buscam identificar mais envolvidos. - Foto: MPRN.   Sammara Bezerra

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Estorno, que tem como objetivo combater um esquema de fraudes com cartões clonados em Natal. A ação investiga os crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com foco em um casal e outro homem, todos residentes na capital potiguar.

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, com o apoio da Polícia Militar. A ação contou com dois promotores de Justiça, oito servidores do MPRN e 12 policiais militares.

A investigação teve início após uma denúncia anônima recebida em setembro de 2021, relatando um esquema fraudulento envolvendo o mecanismo de chargeback em uma instituição bancária que atua como meio de pagamento eletrônico. O chargeback ocorre quando o titular de um cartão contesta uma compra e solicita o estorno do valor.

O golpe consistia na utilização de dados de cartões clonados para realizar compras simuladas, por meio de links gerados no aplicativo da instituição. Após a transação ser concluída, o valor era transferido ou sacado rapidamente, antes que o verdadeiro titular percebesse a fraude e solicitasse o reembolso.

A fraude causava prejuízos tanto à instituição bancária quanto aos clientes, que tinham seus perfis bloqueados e acabavam incluídos em cadastros de inadimplentes.

A denúncia inicial citava vários suspeitos, mas as investigações confirmaram o envolvimento direto de um casal e outro homem nos crimes. O casal é sócio de uma lavanderia que, segundo o MPRN, pode ter sido usada para ocultar e dissimular recursos ilícitos. Já o terceiro investigado movimentou mais de R$ 100 mil, o que reforça sua atuação no esquema.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos cartões de crédito e débito, celulares e outros eletrônicos. Todo o material será analisado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações continuam, com o objetivo de coletar mais provas, identificar outros envolvidos e rastrear o destino dos recursos desviados.

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