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PM apura vídeo com agentes em ritual com cruz em chamas e gestos do nazismo

Imagens em cerimônia com simbologia polêmica geram comparações com grupos extremistas. O vídeo foi publicado no instagram oficial do batalhão  |  Vídeo, que foi apagado, levanta questões sobre limites de conduta em instituições de segurança pública. - Foto: Reprodução/ Instagram

Publicado em 16/04/2025, às 10h25   Vídeo, que foi apagado, levanta questões sobre limites de conduta em instituições de segurança pública. - Foto: Reprodução/ Instagram   Redação

A Polícia Militar de São Paulo abriu investigação para apurar um vídeo polêmico em que policiais do 9º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), de São José do Rio Preto, interior do estado, aparecem reunidos em uma cerimônia que inclui uma cruz em chamas e gestos interpretados por internautas como semelhantes a uma saudação nazista. O vídeo foi publicado no Instagram oficial do batalhão e apagado pouco tempo depois.

As imagens mostram um cenário montado com velas, viaturas posicionadas em fileiras, bandeiras e o brasão da unidade policial. Segundo apuração do site Ponte Jornalismo, o material foi inicialmente divulgado pelo próprio 9º Baep e chegou a ser compartilhado pelo perfil oficial do Comando de Policiamento do Interior 5 (CPI-5), além de marcar o nome do comandante da unidade, tenente-coronel José Thomaz Costa Junior.

A repercussão foi imediata nas redes sociais. Usuários compararam o ritual à simbologia utilizada por grupos supremacistas brancos, como a Ku Klux Klan, nos Estados Unidos, e também identificaram elementos visuais associados ao nazismo.

Diante da repercussão negativa, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo divulgou nota oficial afirmando que a corporação está apurando o caso. “A Polícia Militar é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. Assim que teve conhecimento do vídeo, instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias. A Corporação não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos, responsabilizados”, declarou a SSP.

A postagem original foi removida das redes, mas cópias do vídeo continuam circulando online, levantando debates sobre simbologia, práticas institucionais e limites de conduta dentro de órgãos públicos de segurança.

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