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Publicado em 03/04/2025, às 14h40 O alistamento feminino foi autorizado em agosto de 2024, representando um marco na história das Forças Armadas. - Agência Brasil Redação
As Forças Armadas iniciaram na última quarta-feira (2), em Brasília, a seleção geral de mulheres voluntárias e homens alistados para o serviço militar inicial desde 1º de janeiro. Pela primeira vez, essa fase faz parte do processo de incorporação de mulheres como soldados do Exército Brasileiro, marinheiros na Marinha do Brasil e soldados de segunda classe na Aeronáutica.
Diferente dos homens, que devem se alistar obrigatoriamente aos 18 anos, as mulheres optam por se alistar voluntariamente na mesma faixa etária. O número de mulheres inscritas superou as 1.010 vagas disponibilizadas para este ano. Até a última quarta-feira (2), o Ministério da Defesa havia registrado 27.395 inscrições de mulheres. A expectativa é que esse número aumente, já que o prazo para o alistamento vai até 30 de junho.
A seleção geral começou na quarta-feira com as primeiras 35 candidatas, que passaram por entrevistas, inspeção de saúde e testes clínicos, além do preenchimento de informações como idade, peso e altura. Essa fase também considerou as opções das candidatas sobre qual instituição militar gostariam de servir, respeitando as vagas disponíveis e as aptidões de cada uma. Novas seleções gerais poderão ocorrer no Distrito Federal até 28 de setembro. As candidatas poderão ser avaliadas também em outros estados, com datas a serem definidas por cada posto militar.
O alistamento de mulheres e homens começou em 1º de janeiro e vai até 30 de junho deste ano. As inscrições podem ser feitas presencialmente nas juntas de serviço militar ou online, por meio da plataforma Gov.br, utilizando o CPF. O processo é gratuito para todos os voluntários.
As mulheres que completam 18 anos em 2025 (nascidas em 2007) podem se alistar, desde que residam em municípios com vagas para o sexo feminino. Para o alistamento, é necessário apresentar certidão de nascimento ou prova de naturalização (para estrangeiras), comprovante de residência e documento oficial com foto. Não há exigência de formação educacional complementar.
Neste primeiro ano, foram disponibilizadas 1.465 vagas para mulheres em diversas regiões do Brasil, sendo 155 para a Marinha, 1.010 para o Exército e 300 para a Aeronáutica. As vagas estão distribuídas em 28 municípios de 13 estados, além do Distrito Federal.
O processo de recrutamento para o serviço militar feminino, assim como o obrigatório para os homens, ocorre em cinco fases: alistamento, comissão de seleção geral, designação dos locais de comparecimento, seleção complementar e incorporação. As mulheres selecionadas serão incorporadas em 2026, no primeiro ou segundo semestre, dependendo da turma.
Após a incorporação, as jovens prestam serviço militar temporário, com os mesmos direitos, deveres e salários dos homens, por um período de 12 meses. Esse tempo pode ser prorrogado por até sete anos, com um limite total de 96 meses (8 anos). Caso desejem seguir carreira militar, as mulheres precisarão de curso superior e aprovação em concurso público, para ingressar em escolas de formação específicas. O alistamento feminino foi autorizado em agosto de 2024, representando um marco na história das Forças Armadas.