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Crise nos bastidores de Vale Tudo: diretores omissos, atores mandões e cenas interrompidas geram tensão

Apesar da negativa da TV Globo, relatos indicam um ambiente de trabalho conturbado, afetando o andamento das gravações da novela  |  Atores de Vale Tudo (2025) - Foto: Globo/Fabio Rocha

Publicado em 23/04/2025, às 14h00   Atores de Vale Tudo (2025) - Foto: Globo/Fabio Rocha   Giovana Góis

O clima nos bastidores de Vale Tudo, atual novela das nove da TV Globo, está longe de ser tranquilo. Relatos de desorganização, interferência de atores nas decisões criativas e ausência de firmeza por parte da direção têm provocado desconforto em diversos profissionais envolvidos na produção.

Embora o destaque negativo recente tenha sido o desentendimento entre Bella Campos e Cauã Reymond, fontes ouvidas pelo Splash revelam que o problema vai além da falta de química entre os protagonistas. Segundo relatos, a falta de pulso firme da equipe de direção, liderada por Paulo Silvestrini, tem aberto espaço para que artistas veteranos — e até mesmo cinegrafistas — assumam funções que deveriam ser exclusivas dos diretores.

Comandando um time de seis diretores, entre eles Cristiano Marques, seu braço direito, Silvestrini estaria ausente em momentos cruciais. Isso tem permitido que atores definam marcações de cena, ajustes de entonação e até o enquadramento das câmeras. Tudo isso sem que haja uma intervenção clara da direção, o que tem gerado mal-estar nos bastidores.

Cauã Reymond, que vive o personagem César, é apontado como um dos que mais opinam nas decisões de direção. Já Julio Andrade, intérprete de Rubinho, também tem sido citado por seu comportamento nos sets — embora descrito como respeitoso. Durante a gravação da morte de seu personagem, exibida na última terça-feira (22), o ator teria interrompido diversas vezes as filmagens para avaliar a captação das cenas e sugerir mudanças. A gravação só avançou após a chegada de Silvestrini, que deu aval para a finalização.

Outro episódio citado envolve Carolina Dieckmann e João Vicente de Castro, que interpretam Leila e Renato. A gravação de uma cena em restaurante só teria sido concluída após os próprios atores validarem as tomadas. Internamente, comenta-se que a condução frouxa dos diretores tem feito com que até cinegrafistas experientes assumam decisões que extrapolam suas atribuições.

A situação gerou tal instabilidade que, segundo a Folha de S.Paulo, Paulo Silvestrini passou a dirigir pessoalmente as cenas envolvendo os personagens Maria de Fátima e César, numa tentativa de conter a desordem nos sets. A TV Globo negou as informações. Em nota, afirmou:

“Essas informações não procedem. Paulo Silvestrini lidera uma equipe experiente de direção. O diretor está na TV GLOBO há mais de 30 anos, onde dirigiu dezenas de novelas, como Torre de Babel (1998), Da Cor do Pecado (2003), Avenida Brasil (2012), Joia Rara — vencedora do Emmy Internacional 2014 — entre outras. Com Vai na Fé (2023), foi vencedor do prêmio APCA 2024. Paulo é reconhecido e respeitado por atores e integrantes da produção.”

Apesar da resposta institucional, os relatos indicam um ambiente de trabalho tenso e marcado pela falta de liderança clara, o que tem comprometido o andamento das gravações da novela.

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