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Inflação em março teve queda geral, mas alimentos ainda pressionam famílias de baixa renda

Na comparação com fevereiro, a retração foi percebida tanto entre as famílias de renda muito baixa quanto entre as de renda mais alta  |  Entre as famílias de maior renda, o impacto foi maior nos grupos transporte e despesas pessoais - José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 17/04/2025, às 17h54   Entre as famílias de maior renda, o impacto foi maior nos grupos transporte e despesas pessoais - José Cruz/Agência Brasil   Redação

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a inflação apresentou queda em março para todas as camadas da população brasileira. Na comparação com fevereiro, a retração foi percebida tanto entre as famílias de renda muito baixa quanto entre as de renda mais alta.

Para os domicílios de menor poder aquisitivo, a taxa caiu de 1,59% em fevereiro para 0,56% em março. Já entre as famílias de renda alta, a inflação recuou de 0,9% para 0,6%.

O Ipea atribui essa desaceleração, no caso das faixas mais vulneráveis, ao comportamento moderado das tarifas de energia elétrica — que subiram apenas 0,12% — e à redução nos preços de passagens de ônibus urbano (-1,1%) e metrô (-1,7%).

No caso das classes mais abastadas, o principal fator de alívio foi o grupo educação, cuja inflação passou de 0,90% para 0,60%. O resultado reflete o encerramento dos reajustes típicos de mensalidades escolares, normalmente aplicados no início do ano letivo.

Apesar do alívio geral, a alta nos preços de alimentos básicos seguiu pressionando as famílias de menor renda. Produtos como ovos (13,1%), café (8,1%), leite (3,3%) e tomate (22,6%) registraram aumentos expressivos. Em contrapartida, itens como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%) apresentaram quedas, oferecendo algum alívio ao orçamento doméstico.

Entre as famílias de maior renda, o impacto foi maior nos grupos transporte e despesas pessoais, com destaque para as passagens aéreas, que tiveram alta de 6,9%, e os serviços de lazer, que subiram 1,2%.

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