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Publicado em 28/04/2025, às 20h35 Meta é acusada pela AGU de obter ganhos com anúncios fraudulentos em suas redes - Reprodução Redação
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma Ação Civil Pública nesta segunda-feira (28) contra a Meta — dona do WhatsApp, Facebook e Instagram. A instituição acusa a empresa de ter lucrado de forma indevida e de causar danos morais coletivos por falhas na fiscalização de anúncios fraudulentos que usaram imagens e símbolos do governo federal.
Segundo a AGU, ao menos 1.770 anúncios falsos foram identificados nas redes sociais da Meta, promovendo golpes financeiros contra usuários. Essas publicações utilizavam símbolos oficiais e imagens de autoridades públicas, muitas vezes manipuladas com Inteligência Artificial (IA).
A ação pede que a Justiça obrigue a Meta a revelar quanto faturou com esses anúncios e que o valor arrecadado seja destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. A AGU também solicita medidas para impedir o uso indevido de marcas e imagens oficiais nas plataformas.
Os anúncios fraudulentos simulavam programas governamentais reais ou inventados, e prometiam liberar dinheiro mediante o pagamento de taxas falsas. Entre as marcas indevidamente usadas estão o PIX, Bolsa Família, Polícia Federal, Receita Federal, gov.br e o slogan do governo "Brasil União e Reconstrução".
Procurada, a Meta disse que não irá se manifestar sobre o caso.