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Veja momento da prisão de jovem milionário envolvido na Operação Select, em Natal

Entre os itens apreendidos estão 18 veículos de luxo, munições e documentos que ajudam a elucidar o esquema criminoso  |  A operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em várias cidades, revelando a complexidade da organização criminosa. - Foto: Reprodução/ PCRN

Publicado em 09/04/2025, às 08h23   A operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em várias cidades, revelando a complexidade da organização criminosa. - Foto: Reprodução/ PCRN   Sammara Bezerra

Em novo vídeo, Polícia Civil revelou os detalhes da prisão de Thiago Edson, jovem suspeito de comandar uma quadrilha de estelionatários, e outros dois suspeitos. A ação teve como foco a desarticulação de uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes financeiros e lavar dinheiro, com movimentações que ultrapassam os R$ 100 milhões. na última terça-feira (8), no Residencial Arte Dell Accqua, localizado em Lagoa Nova.

A investigação é conduzida pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor). Na operação, foram apreendidos pelo menos 18 carros de luxo, comprados a partir de cartões em nome de 'laranjas'. No vídeo, a Polícia Civil (PCRN) mostra os carros de luxo encontrados na casa do jovem milionário: 2 Porsches e 2 Land Rovers, que chamou a atenção dos vizinhos.

Além disso, foram apreendidos pela PCRN na casa de Thiago 27 munições de calibre 380 - encontradas no closet do casal; três celulares; um Macbook; um pen drive e documentos. Quando questionado acerca das munições, Thiago afirmou pertencerem a um tio, que as teria deixado na residência.

Durante o cumprimento da ordem judicial, um dos celulares foi danificado e arremessado pela janela. "Todos os objetos apreendidos durante a busca serão objeto do presente boletim de ocorrência, e será convertido em auto de prisão em flagrante", afirmou a nota da Polícia Civil.

Os suspeitos presos foram encaminhados ao sistema penitenciário e seguem à disposição da Justiça.

Veja vídeo completo:

 

Entenda o caso

As investigações indicam que, entre 2019 e 2024, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 106 milhões via contas abertas em nome de terceiros, com o auxílio de uma gerente bancária. Essas contas eram criadas em uma agência voltada para clientes de alto poder aquisitivo, localizada na Paraíba. Os cartões vinculados eram usados para fraudes financeiras, como saques, transações fictícias e compras voltadas à ocultação da origem do dinheiro, principalmente envolvendo placas solares e automóveis de luxo.

Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal, Parnamirim e Santa Cruz. Foram recolhidos 18 veículos de alto valor – estimados em cerca de R$ 3,8 milhões –, além de armas, munições, documentos e outros itens considerados relevantes para o inquérito.

Também foi identificado o envolvimento de um policial militar, apontado como o “tesoureiro” da organização criminosa. As investigações começaram a partir de denúncias e relatórios de instituições financeiras prejudicadas.


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