Política
Publicado em 14/04/2025, às 21h46 - Atualizado às 21h53 Rogério Marinho confronta decisão de Moraes, que concedeu prisão domiciliar ao acusado de matar Mariele, com caso Clesão - Reprodução Redação
“Curioso, no caso do Clesão o ilustre ministro não levou em consideração o argumento da saúde”, postou o senador Rogério Marinho (PL RN), líder da oposição no Congresso Nacional, após decisão de Alexandre de Moraes concedendo prisão domiciliar ao deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Brazão foi autorizado por Moraes a cumprir pena em regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, atendendo a um pedido da defesa, mesmo com manifestação contrária da PGR.
O deputado estava detido no presídio federal de Campo Grande, mas na última sexta (11), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o deputado cumpra pena em casa, no Rio de Janeiro — em razão de problemas de saúde do parlamentar, de 63 anos, que sofre de doença cardíaca e diabetes.
Ele estava preso desde março de 2024 sob acusação de encomendar a morte de Marielle Franco. A vereadora foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018, no centro da capital fluminense, ao lado do motorista, Anderson Gomes.
Clesão morreu preso, mesmo com parecer da PGR favorável à prisão domiciliar
O senador Marinho citou na postagem o pequeno empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, preso do 8 de janeiro de 2023 e que morreu dentro da Papuda, no ano passado.
Devido a comorbidades, Clezão chegou a receber da Procuradoria-Geral da República (PGR) um parecer favorável à soltura.
O pedido de liberdade provisória foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no fim de agosto de 2023 e aguardava análise do magistrado há quase 3 meses. Clezão morreu com 46 anos, morava em Brasília e deixou esposa e duas filhas.