Política

Rogério muda de ideia sobre taxação: “É justo cobrar de quem ganha mais”

Marinho também comenta sobre o tarifaço de Trump e vê oportunidades para o Brasil em meio a novas taxações globais  |  Com a proposta de isenção do IR para rendimentos menores, Marinho destaca a necessidade de um planejamento fiscal cuidadoso. - Agência Brasil

Publicado em 17/04/2025, às 10h33   Com a proposta de isenção do IR para rendimentos menores, Marinho destaca a necessidade de um planejamento fiscal cuidadoso. - Agência Brasil   Dani Oliveira

O senador Rogério Marinho (PL), líder da Oposição no Senado, sugeriu que mudou de posicionamento em relação à proposta do Governo Lula de taxar os mais ricos como compensação pelo alívio do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Marinho declarou que “é justo cobrar mais de quem ganha mais”. Em novembro, em entrevista à CNN Brasil, Rogério Marinho havia sugerido ser contra a proposta. Na ocasião, ele classificou as mudanças no Imposto de Renda propostas pelo governo como “factoide”.

O Governo Lula propôs isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026. Como compensação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugeriu que os mais ricos que ganham acima de R$ 50 mil por mês passem a pagar um mínimo de 10% de IR.

Rogério havia chegado a falar que Lula “joga para a plateia”. Apesar da aparente mudança de entendimento, Rogério Marinho disse ao Globo que a medida pode gerar fuga de capital. “Meu receio é aumentar o buraco fiscal e, ao taxar as pessoas que ganham mais de R$ 50 mil, fazer com que deixem o Brasil, mudem seus domicílios fiscais”, declarou o senador.

Tarifaço de Trump

Na mesma entrevista, Rogério Marinho comentou o tarifaço global imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que é exaltado pelo bolsonarismo. Ele afirmou que, pelo fato de o Brasil ter sido taxado com a alíquota mínima (10%), isso pode ser uma oportunidade para o País.

“As pessoas não entendem aonde Trump quer chegar. Ele deu ao Brasil um tratamento até confortável em relação aos outros países. Pode até haver uma oportunidade de atrair empresas e indústrias de países em que houve taxação maior. Mas, para isso, o governo precisa aproveitar e aprimorar as nossas licenças. Eu não acredito que isso será aproveitado pelo governo Lula”, destacou.

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