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Capela Sistina é fechada para conclave marcado para 7 de maio; cardeais se reunem pela primeira vez depois da morte do papa Francisco

Capela Sistina, local tradicional dos conclaves, é fechada para turistas enquanto cardeais se preparam para a eleição do novo líder da Igreja. - Divulgação
Enquanto alguns cardeais desejam continuidade nas reformas, um grupo conservador busca um papa que retome tradições da Igreja  |   BNews Natal - Divulgação Capela Sistina, local tradicional dos conclaves, é fechada para turistas enquanto cardeais se preparam para a eleição do novo líder da Igreja. - Divulgação

Publicado em 28/04/2025, às 08h06   Dani Oliveira



Os cardeais católicos do mundo se reuniram nesta segunda-feira (28) pela primeira vez após o funeral do Papa Francisco para discutir uma possível data para a entrada em um conclave secreto e a eleição do próximo líder da Igreja global. O aguardado conclave para a eleição do novo Papa começará no dia 7 de maio, conforme anúncio oficial feito nesta segunda-feira (28) pelo Escritório de Imprensa da Santa Sé.

A Capela Sistina, do século XVI, onde os conclaves são realizados, foi fechada para turistas nesta segunda-feira para permitir os preparativos para a votação.

Os dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, duraram somente dois dias.

Mas o cardeal sueco Anders Arborelius disse na segunda-feira que espera que este conclave possa durar mais, já que muitos dos cardeais nomeados pelo papa Francisco nunca se conheceram antes.

Francisco priorizou a nomeação de cardeais de lugares onde nunca os tiveram, como Mianmar, Haiti e Ruanda.

“Não nos conhecemos”, falou Arborelius, um dos cerca de 135 cardeais com menos de 80 anos que participarão da escolha.


Francisco, papa desde 2013, morreu aos 88 anos em 21 de abril.

Seu funeral no sábado (26) e uma procissão por Roma até seu local de sepultamento na Basílica de Santa Maria Maggiore atraíram multidões estimadas em mais de 400 mil pessoas.

O cardeal alemão Walter Kasper disse ao jornal La Repubblica que a grande multidão em luto por Francisco indicava que os católicos queriam que o próximo papa continuasse com seu estilo reformista de papado.

Francisco, o primeiro papa da América Latina, tentou, em grande parte, abrir a Igreja, muitas vezes sóbria, a novos diálogos.

Ele permitiu o debate sobre questões como a ordenação de mulheres ao clero e o contato com católicos LGBTQIA+.

“O Povo de Deus votou com os pés”, disse Kasper, que tem 92 anos e não participará do conclave. “Estou convencido de que devemos seguir os passos de Francisco.”

No entanto, um bloco de cardeais conservadores certamente se oporá a isso e buscará um pontífice que reafirme as tradições e restrinja a visão de Francisco de uma Igreja mais inclusiva.

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