Cidades
Publicado em 25/04/2025, às 19h02 Redação
O Rio Grande do Norte vem dando passos importantes para ampliar o ensino em tempo integral. Dados do Censo Escolar 2024, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Inep, mostram que o estado conseguiu aumentar, entre 2022 e 2024, a quantidade de estudantes em jornada ampliada em todas as etapas da rede pública.
Na educação infantil, o número de crianças em creches com tempo integral praticamente dobrou: foi de 5,5% para 10%. Na pré-escola, o salto foi de 1,9% para 6,3%. Já no ensino fundamental, o avanço foi visível: os anos iniciais passaram de 7,4% para 14,3%, e os finais, de 7,2% para 12,5%. No ensino médio, o crescimento foi de 14% para 18,3%. Somando tudo, o estado saiu de 7,9% para 13,3% de matrículas em tempo integral.
Em nível nacional, os números também são positivos. As creches tiveram aumento de 56,8% para 59,7% em tempo integral. Na pré-escola, o crescimento foi de 12,1% para 15,6%. No fundamental, o índice passou de 14,4% para 19,1%, e no ensino médio, de 20,4% para 24,2%. No total, o Brasil avançou de 18,2% para 22,9%.
Para o ministro da Educação, Camilo Santana, esses avanços são resultado de um esforço coletivo. “A criação de programas como o Escola em Tempo Integral se baseia nos dados do Censo. Nosso papel tem sido o de unir forças com estados e municípios para impulsionar as políticas públicas e garantir uma educação de mais qualidade”, afirmou.
Ele também destacou o progresso do ensino médio, que está próximo da meta prevista no atual Plano Nacional de Educação (PNE): “Já estamos com quase 23%, muito perto dos 25% previstos até 2024. Para os próximos 10 anos, o novo PNE traz metas ainda mais ambiciosas, já em discussão no Congresso”, comentou.
O Programa Escola em Tempo Integral já contabilizou 965 mil matrículas declaradas no ciclo 2023-2024. Para o próximo ciclo (2024-2025), as redes pactuaram 943 mil vagas, ainda em fase de confirmação até 9 de maio. Outro dado importante: a quantidade de entes federativos com políticas voltadas ao tempo integral saltou de 17% em 2022 para 64% em 2024.
A iniciativa é voltada principalmente para estudantes em situação de maior vulnerabilidade social. A proposta é oferecer uma jornada de, no mínimo, 7 horas por dia ou 35 horas por semana, com apoio técnico e financeiro do Governo Federal. Tudo isso alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo qualidade e equidade no ensino.
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