Cidades
Publicado em 11/04/2025, às 07h37 Dani Oliveira
O levantamento mais atual do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que as mulheres representaram apenas 37% dos vínculos formais de trabalho no Rio Grande do Norte em 2024. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (10), foram extraídos do Registro Administrativo de Informações Sociais (RAIS) e indicam desigualdades marcantes no mercado de trabalho potiguar.
Ao fim do ano passado, 195.762 mulheres estavam formalmente empregadas no estado. A maioria delas atuava em jornadas superiores a 40 horas semanais e recebia, em média, R$ 1.999,98 — valor que representa 85,3% do salário médio pago aos homens, que foi de R$ 2.345,80.
A pesquisa ainda mostrou que 84% dessas trabalhadoras estavam concentradas nos setores de serviços (56%) e comércio (28%), enquanto áreas como administração pública e indústria extrativa apresentaram os menores índices de participação feminina.
Mesmo com a crescente inserção feminina no mercado de trabalho, os dados demonstram que as oportunidades com carteira assinada continuam predominantemente masculinas. Além disso, há uma diferença significativa de remuneração: as mulheres recebem, em média, quase 20% a menos que os homens para desempenhar funções muitas vezes similares”, destacou a análise do Dieese.
Distribuição regional
A maior concentração de mulheres com empregos formais foi registrada em Natal e na Região Metropolitana, que somaram 132.700 trabalhadoras. Na outra ponta, a região Agreste apresentou o menor número, com apenas 6.277 mulheres formalmente empregadas.
Faixa etária predominante
O levantamento também aponta que a maior parte das mulheres empregadas tinha entre 30 e 49 anos de idade. A desigualdade de gênero nas contratações formais foi observada em todas as faixas etárias a partir dos 15 anos.
Fonte: Dieese
Classificação Indicativa: Livre