Cidades

Primeira vacina para Chikungunya é aprovada pela Anvisa; saiba quem pode tomar

Imagem Primeira vacina para Chikungunya é aprovada pela Anvisa; saiba quem pode tomar
Desenvolvida pelo Instituto Butantan, a vacina já foi aprovada por agências internacionais e promete segurança e eficácia  |   BNews Natal - Divulgação

Publicado em 14/04/2025, às 13h11   Giovana Góis



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da primeira vacina contra a Chikungunya no Brasil. O imunizante, de dose única, é indicado para adultos a partir de 18 anos com risco aumentado de exposição ao vírus. Desenvolvida pelo Instituto Butantan, a vacina IXCHIQ é recombinante atenuada e não deve ser aplicada em gestantes, imunodeficientes ou imunossuprimidos.

A vacina foi originalmente desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva, com produção atual na Alemanha pela IDT Biologika GmbH. Há planos para que a fabricação seja nacionalizada futuramente, pelo próprio Instituto Butantan.

Estudos clínicos realizados nos Estados Unidos e no Brasil mostraram que a IXCHIQ provoca uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus da Chikungunya, com um perfil de segurança considerado satisfatório para a população-alvo. A avaliação da Anvisa envolveu análise de dados clínicos e de qualidade apresentados no dossiê de registro.

Para garantir o acompanhamento contínuo da eficácia e da segurança do imunizante, a Anvisa e o Butantan firmaram um Termo de Compromisso. O acordo prevê estudos adicionais e ações de farmacovigilância ativa, visando ampliar o conhecimento sobre os efeitos da vacina na população.

Antes da aprovação no Brasil, o imunizante já havia sido autorizado por outras agências reguladoras, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Inclusive, a Anvisa participou como observadora da avaliação da EMA por meio do projeto OPEN, que promove o intercâmbio técnico entre autoridades de saúde de diferentes países.

A decisão da agência também contou com o parecer de um grupo independente de especialistas em arboviroses, vinculado à Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme). Esse grupo foi responsável por discutir os dados clínicos e não clínicos da vacina, contribuindo para a robustez da análise.

A Chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue. Desde que o vírus foi introduzido nas Américas em 2013, causou surtos significativos na América Central e no Caribe. No Brasil, os primeiros casos foram confirmados em 2014, nos estados do Amapá e da Bahia. Atualmente, todas as unidades da federação registram circulação do vírus.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp