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Economia brasileira apresenta estagnação, indica monitor do PIB da FGV

Apesar da estagnação no mês de fevereiro, o crescimento em relação ao mesmo período de 2024 foi de 2,7% - José Cruz/Agência Brasil
O Monitor do PIB da FGV é uma das várias análises utilizadas para monitorar a economia brasileira  |   BNews Natal - Divulgação Apesar da estagnação no mês de fevereiro, o crescimento em relação ao mesmo período de 2024 foi de 2,7% - José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 14/04/2025, às 14h22   Redação



De acordo com dados do Monitor PIB, a economia brasileira ficou "estática" entre janeiro e fevereiro de 2025. A pesquisa oferece uma estimativa preliminar sobre o comportamento do PIB. O estudo, elaborado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou uma variação de 0% no mês, ajustada para eliminar efeitos sazonais. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 14 de abril. 

Apesar da estagnação no mês de fevereiro, o crescimento em relação ao mesmo período de 2024 foi de 2,7%, e, no acumulado de 12 meses, o PIB cresceu 3,1%. Esses números são apresentados como prévia dos dados oficiais, que são divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No campo internacional, a principal preocupação continua sendo a guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump. As tarifas, que afetam especialmente a China, também incluem medidas contra outros países, como o Brasil.

O país enfrentará uma taxa mínima de 10% sobre a maior parte de seus produtos exportados, com itens como aço e alumínio sujeitos a tarifas de até 25%. As exportações para a China, por sua vez, serão penalizadas com taxas superiores a 100%, uma medida que foi igualmente respondida pelo governo chinês.

Internamente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantém sua trajetória de alta na taxa Selic desde setembro de 2024, como medida para controlar a inflação. A recente elevação da taxa em março, e a previsão de uma nova alta, embora em menor magnitude, para a reunião de maio, reflete o esforço do governo em conter a pressão inflacionária. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 5,48%, superando o teto da meta do governo de 4,5%, já considerando a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Com os juros elevados, o crédito se torna mais caro, o que reduz o consumo das famílias e limita os investimentos das empresas. Esse ciclo resulta no desaquecimento da economia, uma estratégia deliberada para tentar conter a inflação.

O Monitor do PIB da FGV é uma das várias análises utilizadas para monitorar a economia brasileira. Outro indicador relevante, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na última sexta-feira, 11 de abril, apontou crescimento de 0,4% na comparação entre janeiro e fevereiro e uma alta de 3,8% nos últimos 12 meses.

A divulgação do PIB oficial, que será feita trimestralmente pelo IBGE, está marcada para 30 de maio, quando serão apresentados os resultados do primeiro trimestre de 2025.

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