Política
Publicado em 29/04/2025, às 13h15 Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou, na última segunda-feira (28), sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. No documento, ele indicou 15 testemunhas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado político e ex-ministro da Infraestrutura durante o governo de Bolsonaro.
A lista também inclui nomes de peso da base bolsonarista, como o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de militares e ex-integrantes da Justiça Eleitoral.
A defesa de Bolsonaro foi protocolada dias após ele ter sido intimado oficialmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia no intestino.
A intimação dos réus ligados ao chamado “núcleo 1” do inquérito — que reúne os supostos principais articuladores do plano golpista — havia sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes em 11 de abril. A medida foi cumprida entre os dias 11 e 15 deste mês.
No caso de Bolsonaro, porém, o procedimento foi adiado devido a complicações de saúde. Ainda assim, após ele realizar uma live direto da UTI no dia 22, o STF decidiu enviar um oficial de Justiça ao hospital no dia seguinte para concluir a citação.
Réu por tentativa de golpe
Bolsonaro e outros sete investigados se tornaram réus em março, após a Primeira Turma do STF aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado com uso de violência e ameaça grave, além de deterioração de patrimônio tombado.
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