Política

Cristiane Dantas critica Sesap e cobra explicações sobre falhas

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A parlamentar solicita audiência pública para discutir a judicialização da saúde e a necessidade de soluções eficazes no estado  |   BNews Natal - Divulgação Fonte: Divulgação

Publicado em 16/04/2025, às 17h47   Giovana Góis



A deputada estadual Cristiane Dantas (SDD) voltou a criticar, nesta quarta-feira (16), o sistema de regulação de leitos, exames e cirurgias da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa, a parlamentar, que preside a Comissão de Saúde da Casa, afirmou que a regulação atual não funciona e tem gerado consequências graves para a população.

“Pessoas estão morrendo por falta de agilidade no sistema de regulação da Secretaria de Saúde. A demora para transferência de pacientes de UPAs para hospitais ou para realização de exames de urgência tem custado vidas”, declarou Cristiane.

Como exemplo, ela relatou o caso de uma adolescente de 17 anos que ficou quatro dias aguardando a regulação para o Hospital Infantil Varela Santiago. Mesmo com vaga disponível, o procedimento não foi autorizado a tempo. “Ela acabou falecendo poucas horas depois de dar entrada no hospital. Isso mostra o colapso do sistema”, lamentou.

Além do pronunciamento, Cristiane apresentou um requerimento cobrando esclarecimentos sobre a subutilização do tomógrafo do Hospital Varela Santiago. De acordo com o documento, a Sesap estaria deixando de encaminhar pacientes mesmo com o equipamento disponível para exames de alta complexidade. “O sistema é moroso e não atende às necessidades da população. Precisamos saber quais os critérios estão sendo adotados para a regulação desses exames”, questionou.

A parlamentar também reforçou a necessidade de realização de uma audiência pública sobre o tema, no âmbito da Comissão de Saúde. Segundo ela, o debate é urgente diante dos dados apresentados recentemente pelo Tribunal de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apontam o aumento da judicialização da saúde no estado.

“Muitas pessoas têm seus quadros agravados ou perdem a vida esperando por uma cirurgia ou por um leito. Precisamos de soluções eficazes para mudar o cenário da saúde pública no Rio Grande do Norte, que está na UTI”, concluiu.

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