Política

Motta quer pena menor no 8/1, mas vê anistia como ameaça à estabilidade

Motta quer pena menor no 8/1, mas vê anistia como ameaça à estabilidade - Reprodução
Presidente da Câmara, Hugo Motta, fala sobre a necessidade de rever punições e evitar radicalismos após atos de apoio a Bolsonaro  |   BNews Natal - Divulgação Motta quer pena menor no 8/1, mas vê anistia como ameaça à estabilidade - Reprodução

Publicado em 07/04/2025, às 19h07 - Atualizado em 09/04/2025, às 20h10   Redação



O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-SP), se pronunciou nesta segunda-feira (7/4) a respeito do ato promovido por apoiadores de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, ocorrido no domingo (6/4). Embora não tenha utilizado o termo “anistia”, o parlamentar defendeu uma abordagem mais branda em relação às punições dos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro.

“Defendo dois pontos principais: primeiro, é preciso sensibilidade para rever possíveis excessos nas punições aplicadas a quem, de fato, não merece. Essa empatia é fundamental e deve nos guiar. Segundo, temos de lidar com esse assunto de forma responsável, evitando agravar ainda mais a crise institucional pela qual passamos”, declarou.

Hugo Motta também minimizou a pressão exercida pelos manifestantes, afirmando que a discussão sobre o projeto de lei que busca extinguir as punições aos envolvidos nos atos antidemocráticos não pode ser conduzida com radicalismo ou aumento da tensão entre os Poderes.

“Não será com desequilíbrio e acirrando a crise que encontraremos uma solução”, disse o deputado. “Este presidente não contribuirá para aprofundar uma crise institucional”, completou.

Além da mobilização nas ruas, parlamentares da base bolsonarista têm tentado pressionar internamente para aprovar o requerimento de urgência do projeto de anistia. No entanto, na última semana, líderes partidários optaram por não assinar o pedido que aceleraria a tramitação da proposta no Congresso.

Durante o evento na Paulista, o pastor Silas Malafaia, que coordenou o ato, atribuiu diretamente a Hugo Motta a responsabilidade pela falta de apoio ao requerimento de urgência. Por outro lado, integrantes do Centrão alegaram que a resistência surgiu após declarações do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que teria anunciado o apoio do bloco sem o consentimento de todos os deputados envolvidos.

Questionado pela imprensa sobre as críticas feitas a ele durante a manifestação, Motta limitou-se a dizer que o tema já havia sido tratado anteriormente e deixou o local sem conceder entrevistas.

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