Polícia
Publicado em 23/04/2025, às 12h57 Jorge Avalo - Fonte: Reprodução Giovana Góis
Durante as buscas pelos restos de um homem morto por uma onça-pintada em uma área de mata fechada, às margens do Rio Miranda, em Aquidauana (MS), agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA) também foram surpreendidos por um ataque de um felino nesta terça-feira (22). O animal, que estava próximo de uma toca a cerca de 300 metros do local do primeiro ataque, atacou a equipe quando os policiais retornaram ao ponto onde haviam localizado partes do corpo da vítima.
“Achamos o corpo (de Jorge Avalo) e quando voltamos para buscar, a onça estava em cima”, relatou um dos agentes, em vídeo obtido pelo G1 MS.
A vítima letal foi o caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, desaparecido desde a tarde de segunda-feira (21). Ele foi atacado nas proximidades de um rancho, também às margens do Rio Miranda. As buscas começaram ainda no mesmo dia. Na manhã seguinte (22/4), a equipe encontrou fragmentos do corpo em um capão de mato, a 280 metros da propriedade onde ele trabalhava.
Mais tarde, outros restos mortais foram localizados dentro da toca da onça. A perícia confirmou que a morte foi provocada por ataque animal.
Com o novo ataque aos agentes, as autoridades ambientais reforçam o alerta sobre os riscos da presença de animais silvestres, especialmente em regiões de mata fechada e áreas preservadas.
A onça-pintada, espécie emblemática da fauna brasileira e protegida por lei, só pode ser abatida em casos de extremo risco e legítima defesa. A PMA lembra ainda que alimentar animais silvestres é uma prática proibida pela Lei Federal nº 9.605/1998, pela Lei Estadual nº 5.673/2021 e pela Resolução SEMAD nº 08/2015.
Essas interações aumentam o risco de ataques, pois fazem os mamíferos associarem a presença humana à comida. Em 2023, por exemplo, a PMA de Miranda monitorou um felino adulto na região do Morro do Azeite e instalou placas de alerta em comércios e pontos turísticos.