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Publicado em 28/04/2025, às 11h08 Redação
Um asteroide que foi descoberto recentemente está no radar de agências espaciais devido a um possível risco, mesmo que remoto, de colisão com a Terra nos próximos anos. Nomeado 2024 YR4, este corpo celeste se move a uma velocidade de 62 mil quilômetros por hora, possui entre 53 e 67 metros de diâmetro e pode se aproximar de maneira perigosa do nosso planeta em 2032.
Caso ele atinja o solo, a colisão poderia resultar em danos significativos, formando uma cratera de até 34 quilômetros e liberando uma quantidade de energia equivalente a 500 bombas atômicas. Apesar da gravidade dessa situação, a chance de impacto foi revista e está abaixo de 1%, de acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), que faz parte da NASA.
Atualmente, a probabilidade de o asteroide colidir com a Lua é considerada maior, em torno de 3,8%. Mesmo assim, os cientistas permanecem vigilantes, visto que a trajetória do 2024 YR4 pode ser afetada por forças gravitacionais ou outros fenômenos no espaço.
Embora eventos dessa natureza sejam incomuns, o registro geológico da Terra mostra que impactos de objetos espaciais não são uma novidade. Asteroides de aproximadamente 25 metros de diâmetro atingem o planeta, em média, a cada dez anos, enquanto impactos de asteroides maiores, como o 2024 YR4, são calculados para ocorrer entre 500 mil e 1 milhão de anos.
Além da imediata destruição, uma colisão dessa magnitude poderia provocar incêndios, tsunamis e mudanças temporárias no clima global, fenômeno conhecido como inverno de impacto.
Para reduzir os riscos no futuro, programas como o Sentry da NASA e sistemas da Agência Espacial Europeia monitoram continuamente os asteroides que podem representar perigo. Também estão sendo desenvolvidos projetos de defesa planetária, como o DART, que demonstraram a viabilidade de desviar a trajetória de um asteroide através de uma colisão controlada.
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