Cidades
Publicado em 10/04/2025, às 16h52 Redação
No Rio Grande do Norte, 131 trabalhadores foram resgatados de situações análogas à escravidão entre 1995 e 2024, o que dá uma média de 4,4 resgates por ano. Os dados são do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Mais cedo, matéria exclusiva do BNews Natal mostrou que o estado possui cinco pessoas e/ou empresas inclusas no cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravidão. A “Lista Suja” -- como é mais conhecida a relação -- foi divulgada nesta semana pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e reúne o resultado de fiscalizações ocorridas em todo o Brasil desde 2019. No caso do RN, os cinco nomes sujos foram alvos de ação fiscal em 2022. Clique AQUI e veja a lista completa
Ainda segundo o estudo, Alto do Rodrigues é o município com o maior número de resgatados ao longo da série histórica: 29 ao todo. Carnaubais, com 18 casos, vem em seguida. Na sequência aparecem os municípios de Grossos, Paraú, Equador e Assú, cada um com 15 pessoas resgatadas de situações de trabalho análogas à escravidão. Maxaranguape (7), Ipanguaçu (5), Upanema (5), Felipe Guerra (4), Natal (1), Mossoró (1) e Itajá (1) completam a lista.
Trabalho em áreas de mata nativa, com 40,5% das ocorrências, é o caso mais comum de exploração humana no estado. Em seguida estão: cultivo em lavoura (27,5%), extração de pedra, areia e argila (14,5%), extração e refino de sal marinho e sal-gema (11,5%), fabricação de produtos cerâmicos (4,58%) e serviços domésticos (1,53%). Os dados também são do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas.
Classificação Indicativa: Livre