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Publicado em 22/04/2025, às 12h10 Redação
Com a morte do Papa Francisco, um novo papa será escolhido nas próximas semanas. O processo chama-se conclave. Este é também o nome do filme “Conclave”, que fez sucesso nas cerimônias do Oscar e do Globo de Ouro deste ano e agora voltou a ser comentado. No Oscar, por exemplo, ele teve oito indicações e ganhou como Melhor Roteiro Adaptado.
Entretanto, fora da academia, o filme gerou polêmica entre os católicos mais conservadores. Isso porque o filme, baseado no livro homônimo de Robert Harris, foi criticado por colocar os tradicionais e conservadores da Igreja como perversos e gananciosos, em meio à toda aquela disputa por poder. O elenco conta com atores estrelados, como Ralph Fiennes, Isabella Rossellini, Stanley Tucci e John Lithgow.
Na entrevista coletiva após o Globo de Ouro, o roteirista Peter Straughan, que ganhou o prêmio de Melhor Roteiro, precisou rebater as críticas ao filme.
“Não acho que o filme seja anticatólico. Fui criado como católico e era coroinha. A mensagem central de “Conclave” é sobre a igreja sempre ter que reencontrar seu centro espiritual, porque ela lida muito com poder. Esse sempre foi um equilíbrio cuidadoso e difícil”, disse ele.
Outro motivo que causou mais polêmica tem um spoiler importante, que vem a seguir. Muitos católicos também criticaram o filme por conta de seu final, quando o escolhido para o cargo seria um cardeal intersexo, destacando que o caminho para a Igreja Católica é mesmo abraçar a diversidade. Assim, a produção imagina qual seria as posições políticas do novo pontífice, depois de Francisco, visto como um papa aberto às novas questões pautadas pelo mundo.
Nas discussões, houve também quem afirmasse que o filme não deveria abordar um processo que é altamente sigiloso, buscando a revelar ou presumir como é feita a escolha de um novo papa.
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