Política
A audiência, que segue até o dia 2 de maio, conta com a participação de 44 países e quatro organizações internacionais - Reprodução/InternetPublicado em 28/04/2025, às 14h01 Redação
Começaram, nesta segunda-feira (28), as audiências a respeito das obrigações de Israel relacionadas às atividades de organizações humanitárias (da Organização das Nações Unidas - ONU - e de outros Estados) em território palestinos ocupados. O julgamento ocorre em Haia e analisa o bloqueio imposto por Israel à ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
A ação é de responsabilidade da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal tribunal da ONU.
O caso chega ao tribunal mais de 50 dias após o bloqueio total de Israel à entrada de assistência humanitária à Palestina. Em outubro de 2024, o governo israelense proibiu a atuação da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), que presta ajuda vital aos palestinos.
Durante a sessão de abertura, os representantes do Estado Palestino acusaram Israel de violar sistematicamente as leis internacionais ao bloquear o acesso da população à ajuda humanitária. O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, afirmou que o bloqueio é uma estratégia de Israel para anexar os territórios palestinos e eliminar a presença da população local.
As audiências da CIJ são uma resposta à resolução da Assembleia Geral da ONU, aprovada em 19 de dezembro de 2024, que pediu com urgência um parecer sobre as obrigações de Israel de garantir a entrada sem obstáculos de suprimentos essenciais para a sobrevivência da população palestina.
Israel, por sua vez, se recusou a reconhecer a jurisdição da CIJ e não enviou representantes ao tribunal, acusando-o de perseguição política.
A audiência, que segue até o dia 2 de maio, conta com a participação de 44 países e quatro organizações internacionais. Na sessão, representantes de grandes potências como Estados Unidos, China, Brasil, Rússia, Reino Unido e Arábia Saudita devem se manifestar sobre a questão.
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