Cidades

RN soma mais de 750 processos judiciais envolvendo trabalho escravo

Alojamento de pessoas mantidas em situação de trabalho escravo - PRF
Além dos processos judiciais, Ministério Público do Trabalho ainda investiga outras 47 denúncias sobre situações de degradação humana  |   BNews Natal - Divulgação Alojamento de pessoas mantidas em situação de trabalho escravo - PRF

Publicado em 11/04/2025, às 07h06   Redação



De 2020 até os dias atuais, segundo o Tribunal Regional do Trabalho (21ª Região), o Rio Grande do Norte soma um total de 754 processos já tramitados ou que ainda estão abertos em 1ª ou 2ª instâncias. Todos envolvem casos de trabalho análogo ao escravo. Deste total, 150 foram abertos somente este ano.

Em Natal, ainda de acordo com o TRT, 379 processos foram julgados entre 2020 e 2025. Dos novos que entraram este ano na capital potiguar, 72 processos estão tramitando.

Além dos processos já instaurados pela Justiça, o Ministério Público Estadual do Trabalho investiga 47 denúncias envolvendo suspeitas de trabalho análogo ao escravo.

Em novembro do ano passado, uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal, resgatou 19 trabalhadores em situações análogas à de escravidão no interior do Ceará e do Rio Grande do Norte.

"Lista Suja"

Matéria exclusiva do BNews Natal mostrou que o Rio Grande do Norte possui cinco pessoas e/ou empresas inclusas no cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravidão. A “Lista Suja” -- como é mais conhecida a relação -- foi divulgada nesta semana pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e reúne o resultado de fiscalizações ocorridas em todo o Brasil desde 2019. No caso do RN, os cinco nomes sujos foram alvos de ação fiscal em 2022. Clique AQUI e veja a lista completa.

No Rio Grande do Norte, 131 trabalhadores foram resgatados de situações análogas à escravidão entre 1995 e 2024, o que dá uma média de 4,4 resgates por ano. Os dados são do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

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